Os 10 animais mais inteligentes

 



O ser humano é o animal mais inteligente, sem dúvidas (tirando algumas exceções inferiores da nossa espécie). Mas fora o homo sapiens, quais animais são os mais inteligentes? Quais são os mais capazes de planejar e criar estratégias a favor da própria sobrevivência e a da sua espécie? Quais têm a maior capacidade de aprendizado e de memorização? Quais são os mais emocionalmente e afetivamente desenvolvidos?

Esta é uma lista divulgada pelo neuropsiquiatra Jon Lieff, confira:

10. Abelha

As abelhas usam simbolismos e conceitos abstratos para resolver os problemas diários. "Elas possuem uma memória caleidoscópica de cada flor dentro de uma área de quilômetros. Além disso, as abelhas aprendem com as mais velhas quais são as melhores flores", disse Lieff para o Discovery News.
Os estudos da inteligência em abelhas têm demonstrado, assim como outros insetos, que tais animais são dotados de um aparato cognitivo capaz de lhes propiciar diversas ações que podem ser compreendidas como sinais de inteligência, impressionando os cientistas. Existe também outra peculiaridade encontrada nas abelhas no que diz respeito às referências que elas tomam para comunicar às outras abelhas da colméia onde encontrar uma fonte de alimento. Esses minúsculos mas inteligentes insetos voam, em forma de oito, tomando como ponto de referência a posição do sol, para que as outras sigam de forma semelhante e encontrem a comida. Esse movimento se caracteriza por ser uma espécie de vetor, demonstrando assim a evoluída capacidade cognitiva das abelhas. Apesar de contarem com cérebro de um 1 milhão de neurônios, em comparação aos cerca de 100 bilhões do cérebro humano, pesquisadores atestam que as abelhas são capazes de reconhecer rostos da mesma forma que nós, de aprender a distinguir cores, padrões complexos e contar até quatro


9. Polvo

Segundo Lieff, os polvos espalham informações culturais uns aos outros, além de terem a habilidade da mimetização, comunicação por meio de cores, padrões e flashs. "Eles possuem uma capacidade de aprendizado espacial muito avançada, além de habilidade de navegação e técnicas predatórias avançadas. Os polvos podem manipular objetos tão bem como os humanos", comentou o neuropsiquiatra.
Em março de 2005, pesquisadores da University of California, Berkeley publicaram um artigo na revista Science em que relataram que a espécie Amphioctopus marginatus tinha comportamento bípede. Esta é uma de duas espécies com esse comportamento, sendo que a outra é Abdopus aculeatus. De acordo com o artigo, este comportamento foi descoberto em Sulawesi, na Indonésia, onde o fundo do mar arenoso está coberto de cascas de coco. O movimento bípede parece imitar um coco flutuante.
Em pesquisa do Museu de Melbourne na Austrália, observou-se que a espécie utiliza pedaços de conchas como ferramenta para se proteger de possíveis ataques, caracterizando a primeira observação de uso de ferramentas por animais em invertebrados. A descoberta foi observada em Bali, também na Indonésia, entre os anos de 1998 e 2008, e foi publicada no jornal Current Biology em dezembro de 2009. Os investigadores filmaram A. marginatus a pegar em cascas de coco deitadas ao mar, carregando-as por 20 m, e dispondo as cascas de forma a criar um esconderijo esférico. Apesar de polvos muitas vezes usarem objectos como abrigo, o comportamento sofisticado de A. marginatus quando seleccionam materiais, transportam e dispõem-nos, é bastante mais complexo. Os investigadores definem uma ferramenta como "um objecto transportado ou mantido para uso posterior" o que torna, de acordo com esta definição, o comportamento desta espécie como o primeiro uso de ferramentas documentado de um invertebrado.

8. Elefante

Os gigantes fofões que vivem nas savanas e florestas possuem capacidades sociais altamente evoluídas, além de comportamentos inteligentes que demonstram compaixão e amor pelos outros. Eles possuem memórias incríveis e podem lembrar de amigos ou inimigos por 50 anos ou mais, dependendo da sua saúde e tempo de vida (um elefante na selva vive em média 60 anos — o mais velho chegou aos 80).
Já em cativeiro, os elefantes são excelentes artistas. Sua comunicação até envolve várias maneiras de vocalizações. Eles são colaborativos, consoladores e cooperativos. É triste, mas eles também lamentam profundamente e ficam cabisbaixos com a morte.


7. Formiga

Trabalho em equipe. As formigas são conhecidas pela coletividade, mas elas também apresentam uma ótima inteligência individual, segundo Lieff. "Elas lembram de rotas extensas e podem caminhar por muito tempo com toda a certeza de onde estão indo. As formigas cuidam de seus familiares".
O cientista ainda disse que as formigas são a segunda sociedade na Terra a desenvolver a agricultura.

6. Golfinho

Segundo Lieff, os golfinhos em cativeiro conseguem lembrar as comunicações de amigos de tanque por pelo menos 20 anos. Eles também se reconhecem no espelho e sempre inventam novas maneiras de caçar peixes.
No mar aberto, eles até usam esponjas para se protegerem de pedras próximas. A socializações entre a própria raça e humanos também é algo praticamente único.

5. Corvo

Os corvos são tão inteligentes que conseguem fazer contas e analogias. Eles reconhecem a si mesmos e ainda usam objetos e materiais que encontram como ferramentas — iguais aos macacos, montando ganchos com arames.
Um estudo também revelou que os corvos entendem o princípio de Arquimedes, que toca na questão de densidade corporal, fluidos e peso. Isso permite que estes pássaros até manipulem níveis de água para conseguir comida.
Os estudos da inteligência em corvos têm demonstrado que tais animais são dotados de um aparato cognitivo capaz de lhes propiciar diversas ações que podem ser compreendidas como sinais de inteligência. Como exemplo disso, tem-se a descoberta de cientistas da Universidade de Auckland de que os corvos têm a capacidade de usar três ferramentas em sucessão para conseguir chegar até os alimentos. De acordo com uma pesquisa realizada por cientista da Universidade de Washington, em Seattle, os corvos seriam ainda capazes de identificar o rosto de uma pessoa que possa representar perigo, além de alertar os demais sobre a ameaça.

4. Cacatua

Segundo Lieff, as cacatuas usam técnicas de "multipassos" para resolver problemas. Por exemplo, quando muito tempo presas em uma gaiola trancada, elas conseguem fugir caso o dono vacile e deixe a chave próxima do pássaro. Se você tem dúvidas dessa capacidade, dê uma olhada nos vídeos presentes no YouTube.

3. Anolis (lagarto americano)

Os lagartos quase nunca são lembrados em listas de inteligência, mas os anolis, em particular, impressionam os pesquisadores por causa de suas habilidades cognitivas. Eles demonstram uma capacidade avançada de resolver problemas e contas. O aprendizado rápido e a memória extraordinária são outros pontos.
Em cativeiro, aprendem a resolver puzzles difíceis com técnicas diferentes das utilizadas na natureza. Além disso, eles podem esquecer abordagens erradas para não repeti-las.

2. Cachorro

Não é preciso falar muito aqui, correto? Capacidades de socialização, comunicação, inteligência, criatividade, além de conseguir ler as emoções humanas, colocam os cachorros em segundo lugar no top 10.

1. Baleia

As baleias possuem as habilidades e técnicas culturais e de comunicação mais elaboradas da lista. Elas criam estratégias de pesca extremamente criativas, e até designam um papel específico para cada baleia durante o ataque.
Em uma das táticas, três baleias ficam lado a lado batendo os rabos sincronizados na água para criar grandes ondas. Estas ondas servem para derrubar focas de placas de gelo e rochas.
Outra técnica incrível: as baleias nadam circulando cardumes e então soltam milhares de bolhas formando uma rede em volta dos peixes — eles não nadam em bolhas. Assim, o banquete está servido sem fugas.

Bonus:

Gatos

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Como donos de animais de estimação sabem, os gatos são muito bons caçadores, o que é evidente pela quantidade de coisas mortas que podem trazer para dentro de casa. Eles têm uma capacidade sensorial incrível e, embora eles não possam ser treinados como os cães, por terem um espírito muito mais independente, eles ainda têm a capacidade de aprender novas habilidades. Eles apenas fazem uso delas em seus próprios termos.
Os gatos conseguem comunicar-se de forma bastante eficaz, seja com humanos ou com outros seres de sua espécie. O cérebro desses animais apresenta estruturas complexas que possibilitam que eles desenvolvam uma espécie de linguagem, comunicando se por meio de miados, ronronares, bufos, gritos e linguagens corporais.

Porcos

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De acordo com algumas pesquisas recentes, um porco de meia idade tem o mesmo nível de inteligência de um ser humano de três anos de idade. Eles são muito parecidos com os cães em relação às suas capacidades de se adaptarem às mudanças ambientais e de aprenderem novas habilidades, além de sentirem saudades, empatia, tristeza e ciúmes. Há também casos de porcos clinicamente deprimidos.

Chimpanzés

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Os chimpanzés não são somente semelhantes a nós, como também ​​compartilham boa parte do mesmo DNA que nós seres humanos temos, que lhes dá a capacidade de pensar também em uma forma semelhante à nossa. Eles são capazes de usar o ambiente a seu favor, criar ferramentas a partir do que está ao seu redor e realizar tarefas dentro de suas comunidades para ajudar os outros.
O primeiro cientista a se preocupar com a inteligência dos chimpanzés foi o professor Wolfgang Köhler (1887-1967), ele fez experiências testando a inteligência do símio.
Uma experiência de Köhler comprovou o poder de memória do chimpanzé. Vários teste confirmam uma inteligência significativamente elevada comparada por vezes com a das crianças humanas de até 3 anos.
Após as experiências de Köhler, outros chimpanzés foram estimulados a desenvolver a capacidade mental. Alguns aprenderam a linguagem dos surdos e mudos e a partir daí comunicaram-se com os seres humanos.
Recentemente um bonobo chamado Kanzi, de 23 anos, foi criado aprendendo a comunicar com humanos. Este domina a linguagem dos surdos e mudos, sendo até capaz de usar o teclado de um computador para escrever, exprimindo os seus pensamentos.4 Estudos e experiências realizadas com chimpanzés, revelaram nessa espécie da ordem dos primatas, uma inteligência bastante aguçada.

Humanos

Estamos aqui também. Ou você esqueceu que somos animais em processo de evolução?

Contudo, segundo Lieff, uma espécie pode medir com precisão completa sua própria inteligência comparada com outros animais? É quase impossível, já que o julgamento deve ser baseado apenas nos valores do animal em particular — como estrutura cerebral e maneira de pensar.