A composição do Universo

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Ao observar galáxias distantes e supernovas, além da temperatura do Universo, os astrônomos chegaram à conclusão que nosso Universo é, na maior parte, plano, a energia total dele é zero, e está em expansão acelerada causada por um bizarro fenômeno, a energia escura. E esta aceleração está aumentando, e vencendo a gravidade. É como jogar uma bola para o alto e ver ela se afastar a uma velocidade cada vez maior, apesar de ser atraída pela gravidade.

Do que é feito o universo?

Um artigo recente na conceituada revista científica Science, o astrofísico da Universidade de Princeton, David Spergel, conta como o modelo cosmológico padrão, ou seja, a teoria que descreve o Universo, usa apenas seis parâmetros. Estes seis parâmetros combinados, formam um modelo que prevê que 95% do nosso Universo é feito de matéria escura e energia escura, deixando os 5% restantes para tudo que a gente consegue ver e detectar.

A matéria escura é uma descoberta mais antiga, os astrônomos conseguiram demonstrar que o balé das galáxias do aglomerado Coma só poderia ser explicado se houvesse mais matéria por ali, matéria que não conseguimos detectar. E mais, teria que ser uma matéria não bariônica, ou seja, não composta do mesmo material que faz os átomos normais. Mas o que é esta matéria escura? Ninguém sabe, ainda.
Atualmente, uma série de experimentos está sendo feita para detectar tanto a matéria escura quanto a energia escura, e tem até mesmo alguns cientistas alegando que encontraram partículas de matéria escura, só que até agora estas descobertas são muito controversas. As esperanças dos cientistas estão no LHC, que pode descobrir evidências a favor de alguma teoria de supersimetria, que poderia explica a matéria escura.

E a energia escura? Explicar a mesma e o porquê da expansão do Universo estar acelerando é outro problema hercúleo. Novos telescópios estão sendo projetados e devem ficar prontos na próxima década, e serão usados para mapear a estrutura do Universo, mapeando a distribuição da matéria nos últimos 10 bilhões de anos.

Parâmetros para descrever o universo

  • Idade do universo,
  • Densidade dos átomos,
  • Densidade da matéria,
  • Amplitude das flutuações iniciais,
  • Dependência destas flutuações à escala,
  • Época que se formaram as primeiras estrelas,
Mas talvez apenas fazer observações não seja suficiente. Talvez seja necessário uma nova teoria da gravidade, tão profunda quanto a Teoria da Relatividade, uma que talvez inclua dimensões extras, para uma nova cosmologia. Uma cosmologia que talvez não precise de matéria escura nem energia escura para explicar o Universo com a mesma simplicidade e elegância da teoria atual. [PhysOrg, ScienceMag]

Fonte: Hypescience