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Astrônomos do projeto Kepler, o telescópio caça-planeta da NASA, anunciaram a descoberta do que pode ser um dos análogos mais próximos da Terra até agora.

Conhecido como Kepler 452b, o planeta tem pouco mais do que uma vez e meia o raio da Terra, e circunda uma estrela como o sol em uma órbita que leva 385 dias, o que o coloca firmemente em uma zona habitável na qual as temperaturas são mornas e apropriadas para a existência de água líquida na sua superfície – se é que ele tem uma superfície.

Quem é o planeta Kepler 452b

O novo tamanho do planeta o coloca à beira entre ser rochoso como a Terra ou ser uma bola de gás como Netuno. Segundo o principal autor do estudo, Jon Jenkins, do Centro de Pesquisa Ames da NASA, lar do projeto Kepler, a probabilidade do planeta ser rochoso é de 50 a 62%, dependendo do tamanho de sua estrela-mãe. Isso significaria que a sua massa é cerca de cinco vezes a da Terra.
O planeta provavelmente tem uma atmosfera nebulosa e vulcões ativos, e duas vezes a gravidade da Terra.

Pode ter vida lá?

A estrela que ilumina o céu deste planeta é 1,5 bilhões de anos mais velha que o nosso sol e 20% mais luminosa, o que tem implicações para as perspectivas de vida no local.
Se Kepler 452b fosse do tamanho da Terra, isso aliado ao fato de que sua estrela é antiga poderia significar que o planeta está em um ponto de sua evolução onde a água líquida rapidamente evaporaria da sua superfície. Mas por causa de sua massa maior, os astrônomos acreditam que Kepler 452b poderia continuar a manter água líquida pelos próximos 500 milhões de anos.
“Podemos pensar em que Kepler 452b como um primo mais velho e maior da Terra, fornecendo uma oportunidade para entender e refletir sobre o ambiente em evolução do nosso planeta”, disse Jenkins. “É inspirador considerar que este planeta passou seis bilhões de anos na zona habitável de sua estrela, mais do que a Terra. É uma oportunidade substancial para a vida surgir, se lá existirem todos os ingredientes e condições de vida necessários”.
Para determinar se Kepler 452b merece um lugar na lista de “mundos possíveis”, no entanto, os astrônomos têm que medir sua massa diretamente, o que requer chegar perto o suficiente do planeta. Por enquanto, isso é impossível, já que Kepler 452b está a 1.400 anos-luz de distância de nós.

Novo rei do pedaço

O planeta é o mais recente de uma nova lista de candidatos revelados pelos astrônomos do projeto Kepler. A descoberta eleva o número de possíveis planetas descobertos pelo telescópio para 4.696, muitos deles parecidos com a Terra.
A chegada de 452b destrona Kepler-438B e Kepler-442b, os antigos dois planetas mais parecidos com a Terra já encontrados. Apesar de serem menores, eles orbitavam estrelas menos luminosas. [NYTimes, Gizmodo]


Fonte: Hypescience
Como já diria o grande Cazuza, “o tempo não para”. Quer você queira ou não, ele está sempre correndo com toda disposição do mundo. Mas, afinal de contas…

O que é o tempo?

O tempo, meus amigos, é uma coisa estranha. Nós todos parecemos experimentá-lo da mesma forma, mas, às vezes, ele passa mais rápido para mim do que para você. Ou mais lentamente. E parece que quanto mais velhos a gente vai ficando, mais rápido ele passa.
Várias teorias tentaram explicá-lo melhor que eu. Sendo verdadeiras ou não, elas cumprem a missão de colocar uma pulga atrás na nossa orelha e nos fazer refletir por alguns instantes.

10. A Teoria de Santo Agostinho da relação entre tempo e mente

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O filósofo cristão Santo Agostinho acreditava que o tempo não era absolutamente infinito. O tempo era, segundo ele, criado por Deus, e era impossível criar algo que fosse infinito.
Ele também disse que o tempo existe somente em nossa mente, tirando a conclusão bizarra de que tudo tem a ver com a forma como nós interpretamos essa grandeza.
Podemos dizer que algo durou “muito” tempo ou “pouco” tempo, mas Santo Agostinho dizia que não há nenhuma maneira real de quantificar isso.
Quando algo está no passado, já não tem quaisquer propriedades de ser alguma coisa, porque esse algo não existe mais, e quando dizemos que alguma coisa levou muito tempo, é só porque nós estamos lembrando dela dessa forma. Uma vez que só medimos o tempo com base em nossa percepção dele, então só deve existir em nossas cabeças. O futuro ainda não existe, de modo que não podemos ter quaisquer quantidades mensuráveis dele.
A única coisa que existe é o presente (e isso é um conceito complicado ao qual nós vamos chegar em um minuto).

9. A topologia do tempo

o que é o tempo
Com o que o tempo parece? Se você tentar imaginar o tempo, você vai vê-lo como uma linha reta que dura para sempre? Ou você o entenderia como uma espiral, que dá voltas e mais voltas sem parar?
Antes de você fritar seus miolos tentando descobrir uma resposta, vamos economizar seu tempo: obviamente, não há nenhuma resposta certa. Mas há algumas ideias intrigantes sobre esse desafio.
Segundo Aristóteles, o tempo não pode existir como uma linha, pelo menos não uma com um começo ou um fim, mesmo que provavelmente tenha havido uma época em que, bem, o tempo começou.
Para que haja um momento no tempo quando ele começou, tem que haver alguma coisa antes que tenha marcado seu início. O mesmo vale para o fim dos tempos, segundo ele.
Há também o problema de quantas linhas de tempo existem. Será que existe uma linha do tempo em que tudo se desloca junto, ou existem várias linhas de tempo que se cruzam alternadamente ou correm paralelas umas as outras? Ou o tempo é uma única linha com um monte de galhos? Ou, ainda, será que existem momentos nessa tal corrente que existem independentemente de outros momentos?
Há uma abundância de opiniões, nenhuma exata.

8. A Teoria do Presente Ilusório

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A ideia dos presentes ilusórios lida com a questão de quanto o tempo presente realmente dura. A resposta habitual, que diz algo sobre ele ser o “agora”, não é muito descritiva. Por exemplo, quando estamos no meio de uma conversa com alguém e estamos no meio de uma frase, o início da frase já é passado, mas a conversa em si ainda está ocorrendo no presente.
Então, quanto tempo o presente realmente deve durar?
E. R. Clay e William James se referem a esta ideia como o presente especioso – ou seja, o espaço de tempo que nós percebemos como presente. Eles sugerem que esse momento pode ser tão curto quanto alguns segundos e, provavelmente, não mais do que um minuto. De qualquer forma, eles chamam de “presente” a quantidade de tempo da qual estamos imediatamente conscientemente.
Dentro disso, ainda há um pouco de espaço para discutir. O presente poderia, teoricamente, ter algo a ver com quanto tempo de memória de curto prazo uma pessoa tem. Quanto mais tempo ela tem, maior é o presente para ela.
Há também a ideia de que isso é apenas uma questão de percepção instantânea, e o segundo é passado e você está confiando em sua memória de curto prazo, um momento que já não é uma parte do presente.
Depois, há o problema do presente e algo de um presente prolongado, que é onde o presente ilusório entra. O presente não deve ter duração de tempo real, porque se tivesse, parte desse tempo estaria no passado e parte no futuro, contradizendo a si mesmo. Assim, o presente ilusório tenta explicar o presente como um intervalo de tempo que tem duração, ainda que seja uma coisa separada da presente objetivo.

7. Pessoas baixinhas experimentam o “agora” mais cedo que as outras

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Parece estranho, mas faz sentido. Esta teoria foi apresentada por um neurocientista chamado David Eagleman, e é chamada de “ligações temporais”. Ela é construída em torno da ideia de que nós experimentamos o mundo em pacotes de informações que são recolhidos pelos nossos sentidos e processados no cérebro.
Diferentes partes do corpo, mesmo que recebam essas informações ao mesmo tempo, demoram ligeiramente diferentes quantidades de tempo para levá-las até o cérebro.
Digamos que você está trocando mensagens de texto com alguém, e você bate a cabeça em um poste ao mesmo tempo em que chuta uma pedra. Em teoria, as informações recolhidas de seu ferimento na cabeça vão chegar ao seu cérebro mais rápido do que a informações de dor enviadas pelo seu dedo do pé, mas você acha que as sente ao mesmo tempo.
Isso porque existem certos padrões cerebrais para uma espécie de organograma sensorial que coloca as coisas em uma ordem que faz a gente sentir as coisas em escalas. Esse atraso no processamento de informação é o que faz as pessoas mais baixas sentirem o “agora” um pouco mais cedo.
Uma pessoa mais curta, digamos assim, realmente vivencia uma versão mais precisa do tempo, porque há menos atraso na transmissão de informações para o cérebro.

6. O tempo está ficando mais lerdo – e nós podemos perceber isso

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Um dos problemas de longa data da física tem sido a existência de energia escura. Nós podemos ver seus efeitos, mas ainda não temos ideia do que ela seja exatamente. Uma equipe de professores da Universidade do País Basco, em Bilbao, e da Universidade de Salamanca, na Espanha, têm sugerido que todos os nossos esforços para encontrar e definir a energia escura tem sido em vão, simplesmente porque ela não existe.
Em vez disso, dizem eles, todos os efeitos da energia escura podem ser explicados pela ideia alternativa de que o que estamos realmente vendo é tempo diminuindo sua velocidade, e se preparando para uma eventual parada.
Veja, por exemplo, o fenômeno astronômico de desvio da luz para o vermelho.
Quando vemos estrelas que têm um comprimento de onda de luz que é vermelho, sabemos que elas estão acelerando. O grupo de professores espanhóis está agora tentando explicar o fenômeno da aceleração do universo como sendo o resultado não da presença de energia escura, mas simplesmente de uma ilusão criada pelo tempo em processo de desaceleramento.
A luz leva uma boa quantidade de tempo para chegar até nós. Conforme o tempo passa, ele vai ficando mais lento, fazendo com que pareça que tudo está se acelerando para longe.
O tempo é extremamente lento, mas, dada a vastidão do espaço, é ampliado através da quantidade incompreensível de distância, o que significa que podemos ver isso quando olhamos para as estrelas.
Eles também dizem que, gradualmente, o tempo vai continuar a diminuir até que simplesmente pare completamente. O universo irá congelar para toda a eternidade.
Mas não se preocupe, estamos a salvo. Isso só acontecerá a milhares de milhões de anos de distância, e a Terra já não estará por aqui.

5. O tempo simplesmente não existe

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Quando a gente não consegue explicar alguma coisa, essa parece a resposta mais fácil. Mas, na verdade, existe um raciocínio bem interessante por trás dessa afirmação.
Ela foi colocada no mundo pela primeira vez no início de 1900 por um filósofo chamado J. M. E. McTaggart. De acordo com McTaggart, existem duas maneiras diferentes para analisarmos o tempo.
A primeira, chamada de Teoria A, indica que o tempo tem uma ordem e flui ao longo de um caminho; nesta versão do tempo, é possível organizar as coisas conforme elas acontecem. Há uma progressão de eventos do passado para o presente e futuro.
Já uma Teoria B, por outro lado, afirma que a passagem do tempo em si é uma completa ilusão, e não há nenhuma forma de atribuir objetivamente uma ordem particular para as coisas que acontecem.
Esta versão do tempo é aparentemente apoiada por nossas memórias, que tendem a recordar eventos aleatoriamente. Levando essas duas teorias em conta, o filósofo entende que o tempo não existe. Para que ele exista, seria necessário que houvesse uma mudança contínua nos eventos, no mundo ou nas circunstâncias. As teorias A e B, por sua própria definição, não são uma referência para a passagem do tempo, e não há nenhuma mudança compreendida por elas. Portanto, o tempo não existe.
Se a Teoria A sozinha for correta, isso também sugere que o tempo não pode existir. Vamos pensar por exemplo no seu 1º aniversário. Em algum momento, este foi um evento no futuro, mas agora só existe no passado. Como um momento não pode ser passado, presente e futuro, McTaggart diz que a teoria é contraditória e, portanto, impossível, como qualquer ideia de tempo.

4. Teoria da 4ª dimensão e universo em bloco

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A teoria da quarta dimensão e a teoria do universo em bloco estão relacionadas com a ideia de tempo como uma dimensão real.
Na quarta dimensão, todos os objetos (obviamente) existem em quatro dimensões em vez de três, e a quarta dimensão, o tempo, pode ser pensada em termos das outras três dimensões.
A teoria do universo em bloco imagina o universo inteiro como sendo um bloco dimensional feito de fatias de tempo. Ele tem largura, profundidade e altura. Todo e cada evento tem uma duração mensurável, sendo que existem camadas de tempo que formam seu todo.
De acordo com essa teoria, cada pessoa é um objeto quadridimensional que existe em camadas de tempo. Sendo assim, existem camadas de tempo para a primeira infância, infância, para a adolescência, e assim por diante.
Sendo assim, essa teoria entende que o tempo, sozinho, não existe. Mas sim que há um passado, presente e futuro, e cada ponto dentro do bloco é qualquer uma dessas três coisas em referência a outros pontos do tempo.
A teoria do universo em bloco também deixa espaço para a ideia de tempo infinito, passado e futuro, dizendo que o bloco dimensional pode se estender até o infinito em qualquer direção.
Isso não deixa espaço para uma mudança no futuro, uma vez que a ocorrência dos eventos no bloco de tempo já existe, e o que chamamos de futuro já foi decidido.

3. O tempo não tem “velocidades”

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Ocasionalmente, ouvimos histórias de pessoas que estão em uma situação de risco de morte ou de muito medo – e elas juram que o tempo está ficando mais lento. Muitas vezes isso acontece quando somos confrontados com uma grande decisão, ou quando algo completamente inesperado acontece.
Esse é um fenômeno tão difundido que tem havido muita discussão sobre se estamos permitindo o tempo ir mais devagar para termos mais tempo para processar todas as informações com que estamos sendo confrontados.
Os pesquisadores tentaram entender o que significaria. De acordo com eles, nós poderíamos ser capazes de ver as coisas com uma qualidade maior, e seriamos capazes de escolher mais detalhes conforme as imagens passassem por nós.
O cérebro tende a misturar estímulos conforme as coisas acontecem, de forma que as informações são recebidas com menos de 80 milissegundos de intervalo. Portanto, se o tempo se desacelera, a expectativa é que a gente passe a reconhecer estímulos como eventos separados.
Após vários experimentos, os pesquisadores chegaram à conclusão de que uma experiência que “desacelera” o tempo sugere que não é o momento que está passando mais devagar para nós, mas sim a nossa lembrança dele.

2. Khronos, Kronos e o pai do tempo

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Antes de filósofos gregos pensarem sobre como explicar o tempo, havia uma explicação mitológica que incluía a figura do chamado “Pai do Tempo”. Antes que houvesse qualquer coisa, havia os deuses Khronos e Ananke.
Khronos era o Deus do Tempo, e era imaginado como parte homem, parte leão e parte touro. Uma figura fascinante, certamente.
Ananke, uma serpente enrolada em torno do ovo do mundo, era tida como um símbolo da eternidade.
Khronos também aparece na mitologia greco-romana, onde representado dentro da roda de um zodíaco. Como essa roda está desgovernada pelo tempo, ele pode ser jovem ou velho.
Khronos era o pai dos titãs e é muitas vezes mencionado como sinônimo de Kronos, que também foi associado com o tempo. Kronos foi o responsável por castrar seu pai, e mais tarde seria morto por seu próprio filho, Zeus.
Khronos também era responsável pela progressão do tempo através das estações e ao longo dos anos, desde o início, mas as coisas que aconteceriam com homens e mulheres dentro desse tempo eram comandadas por outra figura.
Nós geralmente nos referimos ao tempo por meio de coisas que acontecem conforme ele vai passando. Nós crescemos e, em seguida, nos tornamos velhos. Este ciclo de vida do homem não foi dominado pelo Deus do Tempo, mas sim por Moirai. Klotho girou o fio da vida, começando o ciclo para todos. Lakhesis mediu por quanto tempo o ciclo duraria, enquanto Atropos cortaria o fio. O Moirai iria predizer eventos futuros, bem como o que o destino já havia escrito.

1. Nós não somos bons em perceber o tempo

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O tempo parece ser uma questão subentendida por todos. Ele é o que ele é. Mas a grande verdade é que ele quebra as nossas cabeças nos primeiros segundos de discussões sobre temas como a física do espaço, dimensões e todos os assuntos periféricos possíveis.
Nós não somos realmente nada bons em falar sobre o tempo, no entanto, temos parâmetros para medi-lo e prová-lo.
Por um lado, há um tempo sideral, que é o tempo medido pela colocação das estrelas e da rotação da Terra. Isso, obviamente, varia um pouco, por isso temos também o dia solar. Ele é baseado na quantidade de tempo que a Terra leva para fazer uma única rotação sobre o seu eixo, que também é bastante variada.
É por isso que, para contar um ano solar, precisamos da média do comprimento das rotações para chegar com o nosso sistema de tempo.
No começo do século 20, porém, cientistas e astrônomos descobriram que a rotação da Terra estava ficando mais lenta. Eles criaram o tempo das efemérides para cobrir possíveis variações, mas esse parâmetro foi extinto em 1979.
Em seguida, houve o tempo dinâmico terrestre, que foi mais preciso. Esta métrica foi interrompida em 1991, quando foi renomeado tecnicamente para “tempo terrestre”.
Se você acha que se manter a par de fusos horários parece complicado, você é inocente e não sabe de nada. Ainda hoje, as posições das estrelas e outros corpos solares são usadas em conjunto com o tempo dinâmico terrestre, mas como o resto do mundo está no padrão de tempo universal, é preciso haver uma maneira de converter os dois para que todos se localizem.
Em resumo, nós simplesmente não temos ideia do que fazer com o tempo, mesmo sendo escravos dele todos os dias. Até a questão mais simples relacionada com essa variável é uma grande incógnita, capaz de dar um nó cego nos cérebros mais inteligentes.[listverse]
Desde que a igualdade no casamento se tornou um tema nacional de conversa, temos ouvido muito sobre o “casamento tradicional”. Para as pessoas que são contra os gays se casarem, parece haver essa ideia de que, se pudéssemos simplesmente continuar com a mesma maneira como as pessoas se casavam nos dias antigos, tudo estaria bem com o mundo.
O problema é que a maioria de nossas suposições sobre como o casamento era no passado são erradas.
*Antes de começarmos essa lista, vale a pena lembrar que o casamento é uma coisa cultural, que muda de acordo com tradições e locais. A maioria dos itens dessa lista se concentra no mundo ocidental, porque é onde o Brasil se encontra. Devido a colonização europeia, também é essa a nossa influência. Os índios nativos da região nem sequer se casavam e muitas tribos eram poligâmicas.

5. As pessoas não se casavam super jovens

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Você já deve ter ouvido a ideia conservadora de que você deve conhecer o seu futuro esposo ainda na escola e se casar no máximo quando terminar a faculdade. Apesar das coisas estarem mudando, ainda há quem ache que ter 21 anos, mas não ter um namorado é “ficar pra titia”.
Além disso, muitos assumem que todos os nossos antepassados se casavam muito jovens. Em parte, isso é influenciado pelos famosos casamentos históricos entre a realeza.
O casamento real certamente sempre foi diferente do resto da população. Ainda crianças, príncipes e princesas praticamente já sabiam que tinham apenas dois ou três potenciais companheiros com os quais poderiam se casar. Isso porque eram geralmente usados como moeda de troca em tratados ou alianças. Assim, em torno da puberdade, fazia sentido do ponto de vista político já “empurrá-los” para alguém.
No passado, mesmo quando as pessoas se casavam jovens, muitas vezes não viviam juntas, e certamente não tinham relações sexuais por muitos anos.
Em geral, a idade de casamento na Europa Ocidental tem permanecido constante. Registros ingleses a partir de 1600 mostram que as noivas tinham entre 23 e 24 anos e os noivos 26 e 27. Quando colonos na América começaram a se casar um pouco mais jovens, isso foi considerado bastante estranho. A idade de casamento na América logo voltou para o padrão normal e, em 1890, a maioria dos casais se uniam na metade ou fim dos 20 anos novamente.
Embora tenha havido circunstâncias extremas onde crianças no final da adolescência começaram a se casar regularmente – como após a Peste Negra e na Segunda Guerra Mundial, por conta de uma dizimação da população -, em geral, as pessoas sempre tentaram adiar este compromisso ao longo da vida até que estivessem realmente prontas.

4. Os casamentos eram curtos

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Hoje em dia, o grupo demográfico com maior probabilidade de se divorciar são casais que estão juntos há mais de 30 anos. Por que é que os nossos antepassados poderiam ficar juntos por toda a vida, mas hoje as pessoas são tão determinadas a cair fora de seus relacionamentos?
Pensamento errado. As pessoas sempre caíram fora de seus relacionamentos.
Primeiro porque no passado as pessoas morriam mais cedo. Muitos casamentos não duravam mais de 4 a 12 anos, porque alguém já estava apodrecendo no chão nesse ponto. Quem sabe quantos desses casais iriam querer se divorciar depois de 30 longos anos juntos, ouvindo as mesmas histórias chatas?
Aliás, não era preciso esperar 30 anos. Casais não eram obrigados a ficar em casamentos infelizes. Não sei porque as pessoas entram em pânico sobre como o divórcio vai arruinar a sociedade, se tem sido quase sempre legal no mundo ocidental. Na Grécia e Roma antigas, o divórcio era permitido. O mais famoso divorciado de todos os tempos é Henry VIII, cuja PRIMEIRA separação (de muitas) ocorreu em 1534. John Milton, poeta inglês famoso, também escreveu quatro livros sobre como o divórcio era nos anos 1640.
Nos Estados Unidos, o censo de 1870 revelou um elevado número de divórcios. Por volta de 1920, era algo tão comum que a sociedade estava convencida de que o casamento em breve seria uma coisa do passado. E aqui estamos, quase 100 anos mais tarde, ainda querendo amarrar nossos burrinhos (mas soltá-los quando for conveniente).
No Brasil, em 1827, com a proclamação da independência e a instauração da monarquia, o casamento permaneceu sob influência direta e incisiva da Igreja. Apesar do divórcio só ter sido instituído oficialmente em 28 de junho de 1977, desde o Brasil Império (1861) a Igreja Católica foi obrigada a se flexibilizar, começando por passar a autoridade civil o ato de julgar a nulidade do casamento. Isso significa que, ainda que não houvesse o rompimento do vínculo matrimonial, desde essa época era possível a “separação de corpos”.

3. Famílias sem um pai ou mistas sempre foram normais

Father Holding Daughter's Hand
Todo esse divórcio e mortes significava que, no passado, muitas pessoas encontravam-se na faixa dos 20 e 30 anos solteiras, mas com filhos. A maioria queria se casar novamente. Por isso, famílias mistas sempre foram comuns.
Alguns historiadores pensam que padrastos e enteados eram quase mais comuns do que famílias originais no período medieval tardio. Mesmo terceiros casamentos não eram raros, e enteados eram considerados tão filhos de uma pessoa como seus próprios entes biológicos. Isso não significa que todos os novos casamentos eram rosas, claro. A ideia da “madrasta má” remonta a, pelo menos, Roma Antiga.
E, se os montes de viúvos não escolhessem casar de novo, criavam seus filhos sozinhos. Outro problema supostamente “moderno” que vai arruinar a próxima geração – pais solteiros – é na verdade algo que sempre existiu.
Os gays são os principais alvos dessa ideia ridícula de que todas as crianças precisam ser criadas por uma mãe e um pai ou de alguma forma vão se ferrar. De acordo com estes argumentos, os viúvos deveriam ser obrigados a se casar novamente. Aliás, de acordo com esse pensamento, muitos de nossos antepassados foram ferrados. Nos velhos tempos, você poderia considerar-se sortudo se atingisse a idade adulta com ambos os pais ainda vivos. Mesmo em 1900, um quarto das crianças perdia um pai antes de completar 15.

2. Procriação nunca foi o único objetivo do casamento

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Um dos argumentos das pessoas que são anti-casamento gay é que o casamento serve apenas para o propósito de ter filhos. Desde que leva um óvulo e um espermatozoide para fazer um bebê, a conclusão dessas incríveis mentes é de que o único tipo aceitável de casamento é entre um homem e uma mulher.
Pessoas muito mais inteligentes têm apontado o quão ridículo é esse argumento. E casais em que um dos parceiros é infértil? Ou casais em que a mulher passou pela menopausa? Esses casamentos também são totalmente inválidos?
Aliás, mesmo em casamento entre homens e mulheres totalmente férteis, os casais têm tentado impedir a vinda de bebês desde a aurora dos tempos.
Na Idade Média, alguns levavam isso ao extremo. Homens e mulheres católicas podiam entrar em “casamentos josefitas” onde viviam juntos como marido e mulher, mas nunca faziam sexo.
E aqueles que queriam fazer sexo sempre buscaram alguma forma de controle de natalidade. Nos casos mais tristes e extremos de um passado sem muitas tecnologias nessa área, esse controle envolvia “acidentalmente” matar um bebê recém-nascido.
Conforme a passagem do tempo, as famílias foram tendo cada vez menos filhos (ou até mesmo nenhum) e o planejamento familiar foi se tornando muito importante – visto que ninguém parou de fazer sexo.
Enquanto países mais desenvolvidos como os EUA e grande parte do mundo ocidental já tinham decidido diminuir consideravelmente o tamanho de suas famílias em 1860, o Brasil demorou um pouco mais para ver essa mudança. Suas grandes transformações sociais ocorreram no século XX. Antes de 1970, o número médio de filhos por mulher estava acima de 6, mas depois caiu para menos de 2 filhos.
De qualquer forma, não significa que só recentemente os casais pararam de ter como objetivo principal procriar – só significa que agora temos melhores meios de controlar ou impedir nascimentos indesejados, e conforme a população fica ciente desses meios, escolhe se prevenir.

1. Casamento gay sempre existiu

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Ser gay não é uma nova moda. Os gays sempre existiram e se relacionaram, mesmo que não tivessem se casado ou você nunca os tivesse visto antes.
O casamento gay não era incomum na Roma Antiga; o imperador Nero casou publicamente pelo menos dois homens. Durante a dinastia Ming na China, não era incomum que homens mais velhos se casassem com homens jovens e os trouxessem para suas famílias como “genros oficiais”.
Enquanto o cristianismo sempre desaprovou o casamento de homens, no passado haviam maneiras de contornar esse tabu. A Igreja Ortodoxa e Católica ambas permitiam uma espécie de “união de irmãos” em que dois homens solteiros (totalmente héteros, claro, uhum) participavam de uma cerimônia oficial dizendo a todos como eram bons amigos e iriam viver e orar juntos, de uma forma totalmente decente.
As mulheres solteiras que viviam juntas sempre foram mais aceitas, mas isso não significa que tentavam esconder sua relação. No final de 1800, algumas relações entre mulheres eram chamadas de “casamentos de Boston” nos EUA. Em pelo menos um caso, Sylvia Drake e Caridade Bryant foram consideradas uma “família” sob a lei para fins fiscais. Na Espanha, em 1901, Elisa Sanchez Loriga fingiu ser um homem para se casar com Marcela Gracia Ibeas. Apesar disso, depois que foram descobertas, seu casamento não foi anulado.
Ou seja, por mais que você queira dizer que o casamento gay é impensável, a verdade é que as pessoas só começaram a se incomodar com isso no passado recente (na mesma época em que adquiriram gosto por controlar a vida dos outros e o que eles fazem na cama, mesmo não tendo nada a ver com isso). [Cracked, UFRJ, JusBrasil]

Fonte: Hypescience
casamento gay mapa mundo
No final da semana passada, a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos fez com que o país norte-americano se tornasse o 23º do mundo a reconhecer o casamento homossexual como legal em todo seu território. (Isto é, se a gente considerar o Reino Unido, onde o casamento gay é legal em todos os lugares, exceto na Irlanda do Norte.)

Mapa mundial do casamento gay

O parlamento holandês legalizou o casamento gay na Holanda em 2000, mas a maioria dos outros 19 países desta lista só seguiram esse incrível exemplo nos últimos anos. A Irlanda, em 2015, foi o primeiro país a legalizar o casamento gay através de uma votação popular.

A lista abaixo foi compilada pelo Centro de Pesquisas Pew e está em ordem alfabética, relacionando os países e o ano em que o casamento gay foi reconhecido legalmente.

País/ ano em que o casamento gay foi legalizado

  1. Argentina – 2010
  2. Bélgica – 2003
  3. Brasil – 2013
  4. Canadá – 2005
  5. Dinamarca – 2012
  6. Inglaterra (Reino Unido) – 2013
  7. Finlândia – 2015
  8. França – 2013
  9. Guiana Francesa – 2013
  10. Groenlândia – 2015
  11. Islândia – 2010
  12. Irlanda – 2015
  13. Luxemburgo – 2014
  14. México – 2015
  15. Países Baixos – 2000
  16. Nova Zelândia – 2013
  17. Noruega – 2009
  18. Portugal – 2010
  19. Escócia (Reino Unido) – 2014
  20. África do Sul – 2006
  21. Espanha – 2005
  22. Suécia – 2009
  23. Estados Unidos – 2015
  24. Uruguai – 2013
  25. País de Gales (Reino Unido) – 2013
No México, a Suprema Corte decidiu que as leis locais que proíbam o casamento entre homossexuais eram inconstitucionais. Embora a decisão não ataque automaticamente essas leis, casais gays podem exigir seus direitos, e fazer com que os tribunais inferiores sejam obrigados a conceder a união. É uma área cinzenta na constituição do país, mas os ativistas ainda defendem que o casamento gay seja considerado legal em todo o país.[qz]

Fonte: Hypescience
A Faixa de Gaza é um território no Oriente Médio com baixo desenvolvimento, é um dos lugares mais conturbados do mundo por causa das presentes disputas.
O território designado como Faixa de Gaza foi dominado durante séculos pelo Império Otomano. A posse da região só mudou de dono com o término da Primeira Grande Guerra Mundial, quando os britânicos passaram a ter o controle do local. Após o término da Segunda Grande Guerra Mundial a situação ficou mais tensa no Oriente Médio e foi criado o Estado de Israel. Os conflitos que se ligam à criação e à existência deste fizeram com que a região de Gaza recebesse milhares de refugiados palestinos que foram expulsos de Israel.

O termo “Faixa de Gaza” tem origem na Antiguidade, o nome é uma referência à principal cidade da região, Gaza. O local é situado no Oriente Médio e faz fronteiro com o Egito, ao sul, com Israel, ao norte e leste, e banhado pelo Mar Mediterrâneo. Com aproximadamente 41 Km de extensão, a Faixa de Gaza apresenta largura que varia entre os 6 e 12 Km, totalizando 360 Km². O território foi dividido em cinco partes: Rafah, Khan Yunis, Dayr AL-Balah, Cidade de Gaza e Norte de Gaza. É uma região árida de clima temperado, marcada por ser plana, tendo como maior altitude 105 m.

A região apresenta precárias condições de vida, não há infra-estrutura adequada e consequentemente a economia é extremamente debilitada. Apenas 13% das terras da Faixa de Gaza são aráveis. Mesmo sem oferecer condições, a Faixa de Gaza é um dos territórios mais densamente povoados da Terra, conta com 1,4 milhões de habitantes no pequeno território referido anteriormente. Sua população é extremamente marcada pela religião islâmica, sendo mais de 99% dos habitantes fiéis muçulmanos. Entre estes se destaca ainda a soberania dos muçulmanos sunitas. O restante da população professa a fé cristã, mas não soma sequer 1% dos habitantes. A língua mais falada na Faixa de Gaza é o árabe, seguida pelo hebraico.

O território da Faixa de Gaza é extremamente conflituoso, é disputado e ocupado militarmente por outros países. Há um constante clima de tensão na região por causa de correntes conflitos. A região não é oficialmente reconhecida como parte integrante de algum país soberano, a Faixa de Gaza é toda cercada por muralhas nas divisas com Israel e com o Egito. A Autoridade Nacional Palestina, contudo, reivindica a região como território pertencente aos palestinos.

A inconsistência sobre quem é o verdadeiro dono do território da Faixa de Gaza gerou vários conflitos no local. Além disso, fazem parte do conflito as características religiosas dos habitantes do local, os quais se chocam principalmente com os israelenses. Israel, por sinal, ocupou militarmente a região entre junho de 1967 e agosto de 2005. Hoje ainda, Israel é o responsável pelo controle do espaço aéreo e do acesso marítimo à Faixa de Gaza.

No ano de 2007, em junho, um confronto armado envolvendo o Fatah e o Hamas transferiu o controle da Faixa de Gaza para o Hamas.

Fonte: Info Escola


Eram 2 da manhã quando Nicolau II foi despertado naquele 17 de julho de 1918. O último "imperador de todas as Rússias" agora era prisioneiro dos revolucionários bolcheviques numa casa de Ecaterimburgo, oeste do país. Nicolau foi conduzido com a mulher, o filho, as quatro filhas, o médico e os empregados para um quartinho dos fundos, onde 12 homens os esperavam com armas na mão. Depois do fuzilamento, o pelotão se assustou ao ver que as filhas continuavam vivas - as balas ricochetearam nas jóias costuradas em seus vestidos. O jeito foi terminar o "serviço" com golpes de baioneta.

Era o fim dos 300 anos da dinastia Romanov. Era também o fim de quatro séculos de domínio dos czares - déspotas com autoridade ilimitada sobre cada um de seus súditos. Ao longo da História, líderes eslavos, sérvios e tártaros também receberam o título de czar (derivado dos "césares" de Roma), mas na Rússia ele adquiriu caráter especial. Usando uma mescla de terror e nacionalismo religioso, os czares russos transformaram um reino minúsculo numa potência mundial e expandiram seu território até ter o dobro do tamanho do Brasil.

Para alguns historiadores, porém, o czarismo não morreu com Nicolau II. Seus métodos autoritários prosseguiram na era soviética e ainda fazem a cabeça dos líderes do Kremlin.

Moscóvia

A semente do czarismo foi plantada no século 9, quando o chefe viking Riurík fundou uma dinastia em Nov-gorod, no noroeste da atual Rússia. Seus descendentes ampliaram o reino até Kiev (Ucrânia), converteram-se à fé ortodoxa - ramo do cristianismo que rompeu com o catolicismo romano no século 11 e se espalhou nos domínios do Império Bizantino. Os descendentes de Riurík usaram o termo "Rus" para descrever seu povo e sua terra. No fim do século 12, o reino se fragmentou em principados rivais e as disputas favoreceram a invasão de Rus pelos tártaros - um povo turco muçulmano que pertencia ao império mongol.

"Os tártaros queimaram cidades e mataram milhares. Naquela época de intensa devoção, os russos pensaram que era um castigo divino", diz o historiador Ronald Hingley, da Universidade de Oxford. Os invasores pouparam o principado de Novgorod, com a condição de que seu príncipe, Alexandre Nevsky, lhes pagasse altos tributos. Foi quando tudo começou. Daniel, filho de Alexandre, tornou-se príncipe de um vilarejo chamado Moscou - e começou a anexar terras. As conquistas tiveram sinal verde dos tártaros, mais preocupados em incentivar as brigas entre os principados fortes. Em troca, os moscovitas obedeciam e pagavam impostos. Resultado: em sete décadas, o reino de Moscóvia cresceu oito vezes. Em 1326, desbancou Kiev como sede da Igreja Ortodoxa. Seus líderes adotaram o título de vseya Rusi ("de toda a Rus"), traduzido em geral como "de todas as Rússias". A essa altura, Moscou já fugia ao controle dos tártaros e criou um regime autoritário cujo príncipe, chamado de czar desde meados do século 15, governava com o apoio de uma facção aristocrática.

"A política de Moscóvia se parecia com a de Al Capone: para vencer os outros reinos, seus líderes tinham de ficar unidos e reconhecer o poder absoluto do príncipe. A crueldade e a unidade eram recompensadas, e os principais clãs se beneficiavam da expansão", diz Dominic Lieven, professor de História Russa na London School of Economics. "Sobre essa política de estilo gângster, a Igreja Ortodoxa carimbou um selo de aprovação." O czar contava com autoridade ilimitada pois seu poder emanava de Deus. A igreja se beneficiava do aumento do poderio russo, pois crescia dentro do cristianismo.

Nos 600 anos seguintes, o principado de Moscou cresceria até ocupar um sexto do planeta. E seus habitantes veriam na monarquia absoluta a única forma de evitar o caos.

A saga dos Ivãs

Talvez o czar moscovita mais eficiente tenha sido Ivã III. Em 43 anos de governo, ele explorou as rivalidades dos tártaros do mesmo jeito que eles tinham feito com os russos. Insuflou o nacionalismo entre o povo e quadruplicou o tamanho do reino. Depois festejou a glória ampliando a construção do Kremlin, a fortaleza que até hoje abriga o governo russo. Não foi à toa que ele ficou conhecido pela alcunha de Ivã, o Grande.

Com a conquista de Constantinopla (Bizâncio) pelos turcos, em 1453, Moscou se proclamou centro da cristandade e herdeira do Império Romano do Ocidente (Bizantino). "Moscou, a terceira Roma!", ouvia-se agora no Kremlin. Ivã III também inaugurou a prática de deportações em massa, que seriam usadas pela União Soviética. Sua crueldade seria mantida por seu filho Vassily III e passaria dos limites com seu neto Ivã IV - chamado também de "o Terrível."

"Ivã IV integra o grupo de superlíderes russos ao lado de Pedro, o Grande, Catarina, a Grande, Lênin e Stálin", diz Hingley. "Todos aplicaram o terror em defesa de si e do regime. Mas enquanto Pedro, Catarina e Lênin se limitaram a objetivos políticos, Ivã IV e Stálin praticaram uma matança extravagante que desafia qualquer compreensão."

O terrível rebento tinha só 3 anos ao ser escolhido czar, e por isso sua mãe assumiu o trono. Com a morte dela (supostamente envenenada), o país virou palco de lutas entre os boiardos, nobres proprietários de terras. Eles supervisionaram a criação de Ivã, maltratando-o a ponto de fazê-lo passar fome, o que não explica completamente a brutalidade do futuro príncipe. Para muitos pesquisadores, ele sofria surtos de paranoia.

Certo é que Ivã IV se casou com a princesa Anastácia em 1547, ano em que foi coroado oficialmente com o título de "Czar de Toda a Rússia" e ficou conhecido como "o primeiro czar". Seu reinado começou bem: ele derrotou os tártaros e expandiu seus domínios no leste até o mar Cáspio e a Sibéria, transformando Moscóvia num estado multiétnico. Após matar boa parte dos boiardos, vingando os maus-tratos que sofrera na infância, ele deu espaço político a pessoas comuns, como artesãos, professores e profissionais liberais, ao criar o Zemsky Sobor (Assembleia da Nação), que também reunia membros do clero e da nobreza. Mas a morte de Anastácia, também supostamente envenenada, em 1560, provocou um piripaque na cabeça do monarca. Ele prendeu seus conselheiros e abriu fogo contra o povo. O terror ficou a cargo da Oprichnina, um esquadrão de cavaleiros vestidos de preto e com carta-branca para matar quem quisessem. Ao contrário dos outros czares, Ivã IV presenciava as execuções e maquinava formas de morte. Em 1570, uma plateia em Moscou viu como ele e seus homens desmembravam e ferviam vítimas suspeitas de traição.

Ivã IV casou com outras seis mulheres sem se firmar com nenhuma, e ainda se meteu numa guerra suicida contra suecos, poloneses e lituanos. Queria obter acesso ao mar Báltico, mas acabou derrotado. Tanto deslize favoreceu outra invasão de Moscou pelos tártaros. Desavenças na família também causaram uma tragédia pessoal: num de seus ataques de fúria, o czar golpeou seu filho Ivã Ivanovich na cabeça com uma bengala de ferro, matando-o. Amargaria essa dor por toda a vida. O maior mistério em torno de Ivã IV foi sua enorme popularidade. Embora tenha matado mais camponeses que boiardos, ele seria lembrado na URSS como caçador de nobres. Não é à toa que Stálin gostava de comparar a Oprichnina com a polícia secreta soviética, a NKVD (depois KGB).

A era Romanov

Passado o furacão Ivã, os boiardos voltaram a brigar pelo poder, provocando uma época de devastação e pilhagens conhecida como "Tempo dos Problemas". A dureza só terminou em 1613, quando a Assembleia da Nação escolheu o novo czar: Mikhail Romanov - o primeiro de uma dinastia que duraria 300 anos.

Nenhuma dinastia dura tanto tempo sem intrigas. Foi assim com Pedro I e sua irmã Sofia. Como ele tinha só 9 anos ao ser coroado, em 1682, ela virou regente. Aos 17, Pedro viu que a irmã queria tirá-lo da jogada e, com o apoio da nobreza, confinou-a num convento. Assumiu com um grande objetivo: transformar a Rússia num Estado europeu moderno.

Assim, Pedro I organizou o Exército e a Marinha, estabeleceu relações com outros países e traduziu livros para o russo. Também derrotou os suecos em 1709 na batalha de Poltova.Ela marcou a conquista da supremacia russa no nordeste da Europa e a entrada do país no clube das grandes potências. Mais: Pedro I conquistou parte da Estônia e chegou à sonhada costa do Báltico - no extremo mais próximo ao restante da Europa. Lá fundou São Petersburgo e fez dela a capital da Rússia, deixando claro que o reino de Moscóvia era coisa do passado. Assim levava adiante seu projeto de aproximação da cultura europeia, que se refletiu na arquitetura da cidade. Ele acreditava que a formação da Rússia moderna deveria se guiar no modelo das nações europeias, o que causou uma grande cisão cultural no país. De um lado estavam os "ocidentalistas", que apoiavam Pedro; de outro, os "eslavófilos", que rejeitavam as reformas liberais e queriam resgatar o passado idílico, rural e autóctone russo. Além disso, a mudança da capital para São Petersburgo mergulhou a aristocracia em excessos palacianos nos moldes de Versalhes. Tudo isso contribuiu para o enfraquecimento da corte na Revolução de 1917.

Ao botar uma pá de cal em Moscóvia, Pedro proclamou o Império Russo e assim ganhou três títulos: imperador de toda a Rússia, grande pai da terra e Pedro, o Grande. Por trás de toda essa pompa, estava o aparato brutal de sua guarda militar, a Preobrazhensky. "A longa história da Rússia como uma burocracia terrorista começou de fato com o imperador", diz Hingley.

Ao contrário de Ivã IV, Pedro I era frio, racional. Foi assim que lidou com o rebelde mais famoso do reino: seu filho Alexis, que não aguentou as cobranças do pai e fugiu da Rússia, mas foi caçado. "Seu pai o matou a sangue-frio, ao contrário do surto que levou Ivã a matar o filho dele", afirma Hingley.

No fim das contas, o grande "modernizador" não se importou com os camponeses. Ao contrário: manteve-os na servidão, como meros objetos pertencentes ao Estado e aos nobres. Enquanto a elite russa se parecia cada vez mais com a europeia, a massa ainda vivia na Idade Média.

Catarina, a Grande

Frederica Sofia era uma princesinha sem grandes chances de subir na vida. Seu pai era um dos tantos nobres decadentes da Prússia do século 18. Mas, aos 15 anos, a czarina Isabel a convidou para conhecer seu sobrinho, o príncipe herdeiro Pedro III, neto de Pedro, o Grande. Isabel achava que ela seria mais dócil que uma nobre de alta linhagem para se casar com o futuro czar. Ledo engano!

Para realizar a boda, Sofia se converteu à fé ortodoxa e passou a se chamar Catarina. Mas o casamento logo azedou. Além de obcecado pela disciplina prussiana, Pedro era imaturo e impotente. Ou estéril, como diziam os fofoqueiros da corte. Seja como for, os dois não se bicavam - e ela decidiu disputar o trono sozinha. "Catarina sabia que só seria aceita se parecesse russa. Passava noites aprendendo o novo idioma", diz Henri Troyat na biografia Catarina, a Grande.

Quando Pedro III assumiu o trono, Catarina sentiu o perigo: o marido a deixaria para se casar com outra. Mandou então seu amante Grigori Orlov, membro da guarda imperial, dar cabo do czar. O clero e a nobreza apoiaram o golpe e aclamaram a nova imperadora: Catarina II. Ela estabilizou o reino e conquistou prestígio entre os europeus. Também abocanhou terras da Turquia, coisa que nem Pedro, o Grande, havia feito.

Mas ai de quem criticasse seu governo. O escritor Alexandre Radishchev foi exilado na Sibéria. Já Yemelyan Pugachov, líder de uma rebelião dos cossacos, terminou esquartejado. E, quanto mais poderosa Catarina ficava, mais amantes ela tinha (leia quadro na pág. 30). "Em 1796, seu filho Paulo I a sucedeu disposto a reverter tudo o que a mãe havia feito. Os dois se odiavam", diz Troyat. De fato, Paulo anistiou Radishchev, prestou homenagens ao pai (Pedro III) e baixou regras prussianas. Por exemplo, proibiu o uso de chapéus redondos e ternos à francesa. Até hoje ninguém sabe quem mandou matá-lo, ou quem foi seu pai biológico. Só se sabe que seu filho Alexandre I, o neto querido e protegido da czarina Catarina, não perseguiu seus assassinos ao assumir o trono.

Gigante de papel

A Rússia entrou no século 19 cheia de contradições. Seus canhões causavam medo, mas seus 14 milhões de habitantes continuavam na miséria. Somariam 60 milhões em 1835, graças à anexação de terras - 95% deles viviam no campo. Era preciso modernizar o país, mas isso ameaçava o poder dos czares. Como dar liberdade ao povo sem perder o controle da nação?

Esses foram os dilemas de Alexandre I, o czar que botou para correr as tropas do general francês Napoleão Bonaparte e desfilou triunfante em Paris. A vitória aumentou a autoestima russa, mas colocou as tropas em contato com as ideias da Revolução Francesa. Os oficiais voltaram para casa querendo um sistema constitucional. E os soldados, emancipação. Alexandre I até falou em reformas liberais, mas era tudo fachada. Sua maior preocupação foi consolidar a Rússia como peça-chave do Congresso de Viena - o pacto celebrado pelas potências europeias em 1815 para restaurar a monarquia após a derrota de Napoleão. Ao lado da Prússia e da Áustria, ele fundou a Santa Aliança para reprimir as revoluções no continente em nome da fé cristã.

A tarefa continuou com seu irmão Nicolau I, outro czar que sonhava transformar a Rússia em cão de guarda da Europa. Mas ficou só no sonho: várias revoluções surgiram em 1848 e puseram fim à Santa Aliança. Nicolau I foi derrotado por ingleses, franceses e turcos na Guerra da Crimeia - prova da fraqueza russa. Faltava tudo, de locomotivas a munição. E faltava acabar com a servidão. Foi o que fez Alexandre II, filho de Nicolau I. "Ele libertou mais escravos que o presidente americano Abraham Lincoln, e sem guerra civil no meio", diz Hingley. Mas as mudanças só jogaram mais água no caldeirão revolucionário. Os socialistas diziam que os libertos viraram escravos da burguesia. Alexandre II escapou de vários atentados até que, em 1881, foi dilacerado por uma granada caseira.

O fim

Não era fácil ser czar no século 20. Alexandre III sabia que não repetiria as façanhas de seus antepassados. Ele bem que tentou reviver a trilogia "autocracia, ortodoxia e nacionalismo", mas em vão. Pouca gente ainda aceitava que a vontade do czar era a vontade de Deus. E outra: insuflar o nacionalismo num império multiétnico, onde apenas 46% dos habitantes eram russos, apenas acionou uma bomba-relógio. Enquanto o movimento revolucionário crescia, os monarcas culpavam os judeus pela crise e matavam milhares nos pogroms, massacres em pequenos vilarejos de israelitas. Entre 1880 e 1920, cerca de 2 milhões de judeus russos emigraram para as Américas fugindo dessas perseguições.

A hora da implosão estava perto. Em 1904, a Rússia cambaleou numa guerra contra o Japão. Em 1905, centenas de manifestantes morreram ao exigir liberdade em São Petersburgo - num dia lembrado como Domingo Sangrento. Em 1917 não teve jeito: Nicolau II abdicou. Foi fuzilado por ordem de Vladimir Lênin, líder dos bolcheviques. Era a vez deles de derramar sangue. A URSS impôs uma nova ideologia, mas manteve a velha lógica: quanto mais inocentes matasse, menores as deserções e maior a certeza de que todos marchariam rumo à vitória final. Durou 70 anos. Hoje, especialistas veem ares de czar no ex-KGB, ex-presidente e atual primeiro-ministro russo Vladimir Putin. "A Rússia abraçou outra vez o czarismo por várias razões. O país tem longa tradição de um poder indivisível e quase sagrado. A democracia é um conceito negativo no imaginário popular, sinônimo de um pode-tudo onde só os ladrões prosperam. Além disso, a maioria das pessoas associa estabilidade com um líder forte", diz Dmitri Trenin, ex-oficial do Exército russo e diretor do Centro Carnegie de Moscou.
O Kremlin exerce controle cada vez maior sobre as TVs e o Parlamento, enquanto jornais estão sendo comprados por empresários amigos do governo. Coisas de czar...


Os amantes de Catarina
A czarina era ninfomaníaca e não podia viver nem uma hora sem amor

Ter amantes era uma prática comum na corte imperial russa. Mas Catarina II foi insuperável. Aos 23 anos, depois de oito sem dividir a cama com o marido, Pedro III, ela conheceu os prazeres da carne com o jovem Sergei Saltikov. "Ele era lindo como o dia", escreveu Catarina em suas memórias, dando a entender que o mancebo era o pai de seu filho, Paulo I. Saltikov se cansou da imperadora, mas muitos outros viriam. "Minha desgraça é que meu coração não pode se contentar nem uma hora se não tem amor", ela confessou em seu diário. Sorte de Estanislao Poniatowski, um virgem de 23 anos enviado pelo embaixador inglês. Foi o brinquedinho de Catarina, que passou a gastar fortunas com seus amantes. De todos, o mais poderoso foi o tenente Grigori Potiomkin. Ele influía nas decisões da czarina, e talvez tenha sido o único que ela amou. "Potiomkin vivia no palácio. Só precisava dar dois passos, subir uma escada e já estava no aposento real. Chegava desnudo por baixo da bata", diz o biógrafo russo Henri Troyat. Quando o sexo esfriou, Potiomkin passou a selecionar os novos "favoritos".
Ser "favorito", aliás, era uma profissão. O sujeito recebia salário, e quando deixava de agradar era indenizado com terras, rublos e escravos. "Em seguida, abandonava discretamente seus aposentos, enquanto Potiomkin escolhia o substituto", diz Troyat. "O novo candidato era examinado por um médico e depois submetido a uma prova íntima com uma condessa, que passava um relatório a Catarina. Só então ela tomava a decisão."

Revolta dezembrista
Mal-entendido provocou levante popular com consequências trágicas

O império russo viveu uma bela trapalhada em 1825, e tudo por causa de um mal-entendido. Naquele ano, o czar Alexandre I morreu sem deixar herdeiro direto. Quem devia então assumir o trono era seu irmão Constantino I, vice-rei da Polônia. Mas Constantino não queria saber de ser rei. Havia firmado um manifesto no qual transferia esse direito ao irmão mais novo, o belicoso Nicolau I. O problema é que ninguém sabia do documento, cujas cópias ficaram mantidas em segredo no Senado e no Santo Sínodo (cúpula ortodoxa). "Nicolau ignorava o manifesto e jurou fidelidade a Constantino. Só uma renúncia oficial do irmão poderia fazê-lo assumir", diz o biógrafo russo Henri Troyat. Assim, enquanto Constantino demorava para se pronunciar, Nicolau ficava sem ação, sabendo que era mais impopular que o irmão. Quando Nicolau finalmente assumiu, as tropas do Exército já tinham jurado lealdade a Constantino.

Foi no meio dessa sinuca que eclodiu uma revolta em São Petersburgo. Os líderes eram oficiais que queriam instaurar uma monarquia constitucional nos moldes europeus, e achavam que era seu dever defender Constantino contra o irmão. Em 14 de dezembro, milhares de revoltosos se uniram ao levante e invadiram a praça do Senado. Com armas na mão e vodca na cabeça, eles gritavam a favor de Constantino e da Constituição. "Alguns achavam que a Constituição era mulher de Constantino", afirma Troyat. Mal liderados, os rebeldes não avançaram para tomar o poder. Tampouco obedeceram as ordens de Nicolau de cair fora da praça. O czar ordenou que se abrisse fogo contra a multidão, resultando em dezenas de mortos (talvez mais), 3 mil presos, cinco enforcamentos e centenas de exilados na Sibéria. Tudo por culpa de um mal-entendido.

Ovos Fabergé
Joia personalizada era ofertada na Páscoa no lugar do ovo tradicional

Entre os objetos que simbolizam a opulência dos czares russos, nenhum é tão rico em detalhes e surpresas quanto os ovos de Fabergé. Fabricados pelo ourives que deu nome às peças, eram verdadeiras joias em formato ovalado. A história começa quando o czar Alexandre III quis surpreender sua esposa, a czarina Maria Feodorovna, na Páscoa de 1885. Um dos rituais dos seguidores da Igreja Ortodoxa era trocar ovos na celebração da reencarnação de Cristo, como se faz em todo o mundo católico, nos dias de hoje. Mas antigamente os ovos eram de galinha mesmo, e não de chocolate. O detalhe era adorná-los com pinturas. Quando o czar encomendou um ovo de ouro, a Páscoa da dinastia Romanov nunca mais foi a mesma. A cada ano, Fabergé fabricava um ovo mais caprichado, elaborado com esmalte, metais e pedras preciosas. Os ovos sempre continham surpresas em seu interior, que às vezes recontavam episódios da história russa e conquistas do exército ou reproduziam grandes obras arquitônicas. Em 2007, um exemplar foi leiloado por 18,7 milhões de dólares.

Fonte: Guia do Estudante
Introdução

Crimes aterrorizantes ocorrem com alta frequência em nossa sociedade, crimes estes com altíssimo grau de frieza, crueldade e dissimulação de seus agentes. Na grande maioria dos casos esses crimes são cometidos por pessoas de frieza sem medidas, e que não apresentam sinais de arrependimento ou remorso ante ao cometimento dos atos, são os denominados psicopatas.
Entender as razões que levam o indivíduo a praticar delitos traçando uma detalhada análise de sua personalidade e de seu convívio em sociedade é fundamental para a aplicação da Lei Penal. É desta forma que os aplicadores do Direito poderão nortear suas decisões, juntando a tais análises,provas materiais para que se possa dar condenação ou absolver alguém e, até mesmo, definir a que regime deve o agente de determinado crime ser submetido.
A psicopatia é definida pela psicologia como um distúrbio de personalidade em que as principais características são: a falta de empatia, incapacidade de lealdade com outros indivíduos, falta de valores sociais e de grupo, ausência de sentimentos genuínos como remorso, gratidão, frieza e total insensibilidade com sentimentos alheios. Pessoas definidas como psicopatas apresentam essas características aliadas a uma personalidade muito forte, são impulsivos, irresponsáveis, egocêntricos, incapazes de sentirem culpados além de apresentar extrema facilidade para mentir.
O presente estudo relaciona a análise da psicopatia sob o ponto de vista psicológico-moral e jurídico, tendo por escopo tratar sobre a responsabilização do psicopata por suas condutas no ordenamento jurídico brasileiro. A mente humana é estudada como forma de imputação ou não do indivíduo. É indiscutível a importância da conexão entre o Direito e a Psicologia no que tange este assunto, já que as duas ciências estarão intimamente ligadas tendo como objetivo principal trazer a harmonia na sociedade, não só afastando dela pessoas que poderiam prejudicá-la, como também dando a essas pessoas tratamento devido de seu distúrbio psicológico.

1 O psicopata e a psicopatia
1.1  Breve Histórico
Quando pensamos em psicopatas na história, vem em nossas mentes personagens como Adolf Hitler, Sadam Hussein, Charles Manson,etc. Todavia, é um completo engano atribuir levianamente a eles a alcunha de psicopatas, por terem sido assassinos frios e lunáticos.A psicopatia abrange muito mais que a imagem sensacionalista que mídias tentam nos impor.
Historicamente, o termo “psicopata” foi utilizado para descrever uma série de comportamentos que eram considerados moralmente repugnantes. As características da psicopatia remontam á época de Teofrasto, aluno de Aristóteles, o qual apresentava características dos psicopatas modernos, como boa lábia e loquacidade.
No final do século XVIII alguns filósofos e psiquiatras passaram a discutir com mais afinco a psicopatia. Eles passaram a estudar a relação do livre arbítrio e das transgressões morais, questionando se alguns perpetradores seriam capazes de entender nas consequências de seus atos. Philippe Pinel, em 1801, foi o primeiro a notar que alguns de seus pacientes envolvidos em atos impulsivos e autodestrutivos,tinham sua habilidade de raciocínio intacta e completa consciência da irracionalidade que estavam fazendo. A esse fenômeno, deu-se à época o nome de “maniesans delire”, ou insanidade sem delírio. Foi com Pinel que surgiu a possibilidade de existir um indivíduo insano, mas sem qualquer confusão mental.
Em 1909, K. Birnbaum, trouxe o termo “sociopata” como o mais apto para designar estes casos. Mas para eles os criminosos eram fruto do ambiente social em que estavam inseridos.
Harvey Cleckley, em 1941, tornou-se o mais importante autor a escrever sobre o tema, com a obra “Thamaskofsanity”. Ele traz que os psicopatas não são necessariamente criminosos, mas sim indivíduos que possuem certas características (emoções superficiais, falta de sentimento de culpa, grande capacidade de convencimento, etc) podendo ser políticos, homens de negócios ou, até mesmo, psiquiatras.
O método utilizado para indicar o diagnóstico da psicopatia foi criado em 1952 e foi chamado “Diagnosticandstatiscal manual of mental disorder”ou “DSM”. Criado pela Associação Americana de Psiquiatria foi aperfeiçoado ao longo do tempo, diagnosticando com transtorno de personalidade antissocial uma pessoa que apresentasse no mínimo três das características elencadas em um teste feito a partir dos 15 anos de idade.

1.2  A Psicopatia 
No dicionário, psicopatia é o nome dado a todas as doenças mentais. É uma anormalidade congênita da personalidade, sobretudo nas esferas afetiva, volitiva e instintiva, podendo os indivíduos que sofrem desse mal terem suas faculdades intelectuais normais.
Para os médicos psiquiatras, a psicopatia não é uma doença mental tampouco os psicopatas não são denominados loucos, haja vista não apresentarem características convencionais dos portadores de personalidade antissocial tais como: desorientação ou qualquer tipo de perda da consciência, delírios ou alucinações, sofrimento mental ou emocional, etc. Pelo contrário, os chamados psicopatas são pessoas que se relacionam extremamente bem, são articulados e convincentes em suas falas e possuem um raciocínio frio e calculista que se alia a uma incapacidade de tratar as pessoas que os rodeiam como seres humanos pensantese portadores de vontade própria.
A psicopatia pode ser reconhecida ainda na infância ou na adolescência, em especial antes dos 15 anos de idade, que é quando as características deste distúrbio se tornam mais evidentes. A infância de pessoas psicopatas tem algumas características em comum, como: isolamento social e familiar, baixa autoestima, problemas relativos ao sono, pesadelos constantes, acessos de raiva exagerados, mentiras crônicas, fugas, roubos, masturbação compulsiva, abuso sádico a animais e outras crianças, etc. Esse transtorno, continua por toda a vida adulta, é muito mais frequente nos homens, que nas mulheres, atingindo, nos dias atuais, cerca de 4% da população mundial.

1.3  Características de um psicopata homicida
Durante toda a infância, os psicopatas apresentam características iguais. Na adolescência essas características tem dois caminhos, elas desaparecem ou se agravam, tendo seu ápice aos 18 anos, onde os atributos se tornam mais frequentes.
Tais sinais são: mentiras sistemáticas; desconsideração pelos sentimentos alheios, habilidade para manipular pessoas e comandar grupos, egoísmo exacerbado, ausência de sentimentos afetuosos, inteligência acima da média, impulsividade, amoralidade, intolerância a frustações, total incapacidade de aprender com punições ou experiências, falta do sentimento de culpa ou arrependimento.
Um psicopata é uma pessoa com inteligência acima da média, eles têm perspicácia aguçada e altíssima capacidade de conseguirem o que querem por meio da sedução e do convencimento. Os psicopatas são incapazes de sentir compaixão por outras pessoas, tendo emoções superficiais. Contudo, engana-se quem pensa que um psicopata é uma pessoa que não demonstra afeto. Pelo contrário, eles são inteiramente capazes de demonstrar amizade, consideração, carinho, pois aprenderam a imitar as pessoas normais, a se fazerem de ingênuos e inocentes. Adquirem facilmente a simpatia e o carisma das pessoas, mas tudo isso é teatral, falso, superficial, apenas um meio, como a mentira e a capacidade de sedução, do qual ele se utiliza para atrair e manipular sua vitima.
Um psicopata vê suas vítimas como objetos os quais ele utiliza para satisfazer seus próprios prazeres. O amor próprio desses indivíduos é muito elevado e a vontade deles vem sempre em primeiro lugar. Eles não se preocupam com o que é moral ou amoral, para eles os fins justificam os meios. São capazes de situações extremas para conseguirem o que querem.

2.O psicopata e o direito civil
2.1 Capacidade Civil
A capacidade civil traz a pessoa natural liberdade e aptidão para contrair obrigações e exercer seus respectivos direitos, conforme estabelecido no artigo primeiro do Código Civil.
A capacidade pode ser ligada ao direito, ou ao exercício ou ação. A capacidade de direito, limita-se ou não, na aptidão da pessoa para contrair direitos bem como obrigações ao qual se demanda. A capacidade de exercício ou de fato, é a capacidade de exercer plenamente os atos da vida civil.
No direito brasileiro, todas as pessoas adquirem capacidade de direito a partir do nascimento com vida, mas a capacidade de exercício pode se restringir, sendo assim, todos nós adquirimos capacidade de direitos, mas nem sempre é possível exercer os atos da vida em sociedade. No nosso ordenamento jurídico, a capacidade é a regra, e a incapacidade a exceção, sendo dividida em dois grupos, a incapacidade absoluta e a relativa, ambas regulamentadas no Código Civil Brasileiro.
A incapacidade absoluta restringe ao poder de exercer pessoalmente os atos da vida civil, como por exemplo, os menores de dezesseis anos e aqueles que por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos, dentre outras restrições, conforme preceitua o Código Civil no artigo terceiro.
No que tange a incapacidade relativa, as pessoas podem exercer os atos da vida civil, desde que assistidos por seus responsáveis, disposição regulamentada no Código Civil, no artigo quarto.
O artigo terceiro, no inciso segundo dispõe que aqueles que por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática dos atos da vida civil, são considerados incapazes absolutamente. Diante disso, podemos afirmar que os psicopatas, são pessoas absolutamente incapazes, apesar de saberem da ilicitude de sua conduta, mas que por motivos de sanidade mental, não conseguem discernir, de forma contrária, sobre a prática de seus atos, agindo de forma que aterroriza a sociedade.
Para o direito civil, é necessário fazer a distinção de uma pessoa capaz e uma incapaz, e ainda distinguir se é relativamente ou absolutamente incapaz. A incapacidade absoluta determina algumas sanções, como por exemplo, a anulação de atos jurídicos e a necessidade de alguém para administrar seus bens, dentre outras, o que evita a possibilidade de gerar danos à terceiros, bem como ao próprio agente, mas também a responsabilização por esses respectivos danos.
Preceitua Gonçalves:
Assim, se declarado incapaz, os atos praticados pelo privado de discernimento serão nulos, não se aceitando a tentativa de demonstrar que, naquele momento, encontrava-se lúcido. É que a incapacidade mental é considerada um estado permanente e contínuo.(GONÇALVES, 2010, p. 121)
2.2 Da interdição 
A interdição civil é um procedimento, por via judicial, que declara incapaz e extingue a capacidade dos atos jurídicos, inclusive os atos considerados ilícitos, de pessoa, que comprovada incapacidade, não tem como discernir sobre sua vida em sociedade, bem como administrar seus bens, ou dos atos relativos a terceiros.
A interdição é um procedimento judicial que, prevista no Código Civil, nos artigos . 1.177 e seguintes, é necessária fazer-se por escritura pública e deve ser publicada. A determinação que atesta a necessidade da interdição é de natureza declaratória e sua eficácia éerga omnes, sendo nulo qualquer ato praticado pelo enfermo ou deficiente mental.
A interdição pode ser requerida pelos pais, pelo cônjuge, curador, ou qualquer parente, ou ainda, pelo Ministério Público, assim disposto no artigo 1.768 do Código Civil.

3 O psicopata e o direito penal
3.1 A (in) imputabilidade penal e o psicopata
Entende-se como responsabilidade penal o dever jurídico que o individuo tem de responder pelos seus atos. E tido com importável aquele em quem pode recair as penalidades legais, a ele é aplicada uma pena de caráter pessoal e intransferível que não pode passar da pessoa do agente, e tem o condão de restaurar a ordem social, e ainda é dotada de função pedagógica.
Para que alguém seja penalmente punível é preciso que ele tenha praticado algum crime, ter tido no momento da consumação do ilícito o entendimento do caráter ilegal da conduta e ter sido livre para escolher praticar ou não o fato típico.
No caso dos psicopatas pode-se verificar que tais indivíduos sofrem de um déficit emocional, falta de afetividade e ausência de empatia. Esses sentimentos são crucias para a formação do chamado “julgamento moral”, que utiliza a razão e a emoção para discernir o certo do errado. Na figura do psicopata então, faltaria o entendimento, ainda que parcial, do caráter criminoso da ação, já que para ele a visão do licito e do ilícito estaria, de forma patológica, distorcida. Enquadra-se, portanto nos critérios da semi-imputabilidade.
No sistema penal brasileiro é difícil, se não impossível, enquadrar o portador da psicopatia na imputabilidade ou semi-imputabilidade, haja vista que o artigo 26 do código penal elenca apenas transtornos mentais, desenvolvimento mental incompleto ou retardado. Do supracitado artigo lê-se:
Art. 26 do CP -É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
No entanto, a maioria dos psicopatas, para não dizer quase todos, é composta por pessoas de brilhante capacidade cognitiva e de desenvolvimento mental completo. Porem o artigo 59 do código penal pátrio confere ao juiz a prerrogativa de analisar o potencial de compreensão da realidade que tem o réu.
Fica o acalorado debate para a doutrina; seria o juiz capaz de fazer tal análise do perfil psíquico do réu? Para alguns doutrinadores a resposta é negativa, pois o diagnostico psicossocial do autor é em demasia complexo para o órgão monocrático. Resta então esta tarefa para psicólogos e psiquiatras forense detentores do devido conhecimento técnico.

3.2 Do exame de sanidade mental e sua importância
Tal exame se fosse realizado no Brasil seria de fundamental proveito, pois quando são julgados os psicopatas patológicos esses são enviados para o sistema prisional comum onde podem influenciar outros detentos recompráveis. Além do mais, não é dispensado a estes criminosos qualquer tratamento que possa atenuar seu distúrbio psíquico.
Esse exame de sanidade mental não pode ser ordenado nem por delegado de policia cientifica, nem pelo promotor de justiça e nem tão pouco pelo juiz da causa. Ele tem que ser requerido pelas partes que movimentam o processo com o objetivo de verificar qual a real capacidade do réu de entender o caráter ilícito de sua conduta. Cabe ao juiz apenas deferir ou indeferir o pedido do exame, se ordenado, valerá este por toda instrução processual, se indeferido o juiz devera fundamentar sua decisão.
Para atestar a sanidade mental do individuo é necessário levantar vários quesitos a serem respondidos. Dentre eles temos que os peritos devem levantar o histórico familiar, social e psicossocial do individuo, além de realizarem exames somatopsiquicos e eletroencefalograma do mesmo, deve-se saber se o réu-paciente demonstra transtornos de personalidade e ou distúrbios de consciência e um indicativo das prováveis causas destes distúrbios.

3.3 Da imputabilidade
No ordenamento nacional um dos grandes desafios é classificar o individuo como imputáveis ou não, mesmo com a clara definição dada pelo código penal.         ilustre doutrinador Fernando Capez tem conceituado em sua obra que:
(...) é a capacidade de entender o caráter ilícito e de determina-se de acordo com este entendimento. O agente deve ter condições físicas, psicológicas e morais de saber que está realizando um ilícito penal. Mas não é só isso. Além dessa capacidade plena de entendimento, Deve ter totais condições de controle sob sua vontade. (CAPEZ, 2010, p. 331)
Para a legislação atual inimputabilidade não pode ser presumida ela tem que ser comprovada pelos meio técnicos cabíveis.
No entanto, a psicopatia no Brasil o psicopata é tido como semi-imputável, isso quando o réu é reconhecidamente portador de tal moléstia, porque se acredita que ele é capaz de entender o caratê ilícito de sua conduta, mas não é capaz de ver mal em um ato manifestamente criminoso.
Lado outro, se o psicopata patológico é incapaz de perceber o caráter destrutivo de sua conduta por critérios emocionais, ele poderia, em tese, perceber sua ilicitude pelo critério racional e assim ser totalmente imputável.  Mas não é o que pensam os tribunais que já decidiram:
Ementa: PENAL E PROCESSO PENAL. ROUBO CIRCUNSTANCIADO. USO DE ARMA DE FOGO. FIXAÇÃO DA PENA-BASE. CIRCUNSTANCIAS JUDICIAIS. PREPONDERÂNCIA DA MENORIDADE RELATIVA. RÉU SEMI-IMPUTÁVEL. PERICULOSIDADE COMPROVADA. OPÇÃO PELA MEDIDA DE SEGURANÇA. 1. NÃO SE JUSTIFICA A FIXAÇÃO DA PENA-BASE MUITO ACIMA DO PATAMAR MÍNIMO LEGAL, SE APENAS UMA DAS CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS FOI CONSIDERADA EM DESFAVOR DO RÉU. 2. As MENORIDADES RELATIVAS, QUE CONDIZ COM A PERSONALIDADE DO AGENTE, PREPONDERA SOBRE QUALQUER CIRCUNSTÂNCIA AGRAVANTE, MESMO A REINCIDÊNCIA. 3. TRATANDO-SE DE RÉU SEMI-IMPUTÁVEL, PODE O JUIZ OPTAR ENTRE A REDUÇÃO DA PENA (ART.26 , PARÁGRAFO ÚNICO , CP) OU APLICAÇÃO DE MEDIDA DE SEGURANÇA, NA FORMA DO ART. 98 , DO CP . 4. CONFIRMADO, POR LAUDO PSIQUIÁTRICO, SER O RÉU PORTADOR DE PSICOPATIA EM GRAU EXTREMO, DE ELEVADA PERICULOSIDADE E QUE NECESSITA DE ESPECIAL TRATAMENTO CURATIVO, CABÍVEL A MEDIDA DE SEGURANÇA CONSISTENTE EM INTERNAÇÃO, PELO PRAZO MÍNIMO DE 3 ANOS. 5. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. TJ-DF - APR APR 992433020098070001 DF 0099243-30.2009.807.0001 (TJ-DF) Data de publicação: 28/03/2012
Sendo considerado semi-imputável o réu psicopata normalmente sofre medidas de segurança, que consiste no cumprimento de ”pena” em hospital de custodia e tratamento psiquiátrico. No entanto tais medidas são impopulares em casos de grande clamor social e criminoso manifestamente portador da psicopatia são condenados como transgressores comuns, como é o famoso caso de Suzane Louise VonRichthofen.
Ao contrário do que a sociedade pensa, a medida de segurança pode ser permanente e duradoura, uma vez que é aplicável conforme a sanidade mental e o grau de periculosidade do agente.
Considerações finais
Percebeu-se pelo presente estudo que a psicopatia assume destacado papel nas síndromes psicológicas, afetando o discernimento daqueles que dela sofrem. Os psicopatas, sobretudo, não têm consideração aos sentimentos alheios para conseguirem o que anseiam. Esses indivíduos cometem os mais absurdos crimes simplesmente para satisfazer um prazer interior. Agem com impulsividade. Têm consciência que seus atos causam dano às outras pessoas, mas não tem em si qualquer sentimento de remorso ou culpa desde que se sintam realizados.  
Diante do exposto, a incapacidade absoluta, cominada aos psicopatas, como exceção no Direito Civil, é declarada através da interdição, que deve ser proposta judicialmente, devendo quem requerer provar a sua legitimidade, mencionando os fatos e fundamentos para que seja válida, uma vez que atesta a nulidade dos atos do agente, bem como o exime de responsabilidade. A interdição tem efeitos erga omnes, e deve ser registrada em cartório, devendo ainda ser publicada.
À luz do direito penal vimos que, no ordenamento jurídico pátrio, o psicopata é considerado semi-imputável. No entanto, na maioria dos casos, o portador de tal síndrome costuma ser julgado e condenado como um criminoso comum. São raros os casos em que é determinado o exame de sanidade, pois crimes de homicídio, os que normalmente envolvem psicopatas, costumam gerar grande clamor social e uma medida de segurança não seria amplamente aceita.

Referências
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal: parte geral. 14. ed. São Paulo, 2010
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da Republica Federativa do Brasil. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituição/Constitui%C3%A7ao.htm>. Acesso em: 06 nov. 2013
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. 27. ed. Petrópolis: Vozes, 1987
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro, volume I: parte geral. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
JESUS, Damásio Evangelista de. Direito Penal: parte geral. 31. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
NUCCI, Guilherme de Sousa. Manual de Direito Penal: parte geral, parte especial. 2. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2006.
PRADO, Luiz Régis. Curso de Direito Penal brasileiro: parte geral, arts. 1º ao 120. 5 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2005.
Psicopatas homicidas e o direito penal    <www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=8885>.Acesso em: 04 nov. 2013
SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Mentes Perigosas: O psicopata mora a o lado. Rio de Janeiro. Objetiva, 2008.
TOURINHO, F.C.F.Processo Penal30.ed, São Paulo: 2008
o único animal imortal do planeta
Essa água viva, chamadaTurritopsis nutricula (vamos chamá-la de Tut) simplesmente não consegue morrer de causas naturais. Sua capacidade de regeneração é tão alta que ela só pode morrer se for completamente destroçada. O que faz com que ela seja…

O único animal imortal do planeta!

Como a maioria das águas-vivas, a Tut passa por dois estágios: a fase de pólipo, ou fase imatura, e a fase medusa, na qual pode se reproduzir de forma assexuada.
A eexpectativa de vida de uma água viva comum é de algumas horas (para as menores espécies) ou de alguns meses e, muito raramente, anos (para as maiores). Como a Tut, com seus 5 milímetros de comprimento, consegue trapacear esse sistema?
Na verdade a Tut consegue se transformar de medusa de volta para pólipo, revertendo ao seu estado imaturo, como uma verdadeira fênix aquática.
Originária do Caribe, ela está se espalhando pelos mares tropicais, através da água de lastro que os navios soltam depois de longas viagens. Mas não precisa se preocupar com uma invasão de águas vivas imortais que se reproduzirão loucamente e povoarão os sete mares – elas estão longe de serem invencíveis.
Na fase de pólipo elas são bem vulneráveis e tem muitos predadores. Apesar disso elas ainda são o único animal no planeta que consegue voltar para seu estágio imaturo e “começar sua jornada” novamente.[Environmental Graffiti]
Fonte: Hypescience